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Dúvidas sobre a bobina de ignição? Este artigo é para você!

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Bobinas de ignição Gerenciamento de motores Ignição Especificação técnica Técnicos 6 minutos de leitura

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Quer saber mais sobre bobinas de ignição? Neste artigo você saberá o que elas são, para que servem, quais problemas elas podem apresentar e o melhor: como resolvê-los. Clique aqui e saiba mais!

O sistema de ignição de um veículo deve fornecer as faíscas para o terminal certo, na hora certa, milhares de vezes a cada minuto. A manutenção precisa do sistema de ignição é algo extremamente necessário. Com este guia de melhores práticas para a manutenção das bobinas de ignição, você saberá como elas funcionam, porque e como elas falham e como substituí-las com uma manutenção de alta qualidade, em que você e seus clientes podem confiar.

O que é uma bobina de ignição?

Para que o veículo funcione, é necessário que haja uma combustão inicial. Para que a combustão ocorra, é necessária uma faísca para acender a mistura ar-combustível no motor. Este é o trabalho do sistema de ignição. O papel da bobina neste caso é semelhante a um transformador elétrico, convertendo a baixa voltagem da bateria - normalmente de apenas 12 volts - para os milhares de volts necessários para alcançar a vela de ignição, atingir o combustível e, por fim, dar partida no motor. 

Como funciona uma bobina de ignição?

Resumidamente, as bobinas de ignição consistem em três partes; um circuito primário composto de várias voltas de enrolamentos primários, um circuito secundário com muitas voltas e um núcleo de ferro. À medida que a corrente passa pelo circuito primário, um grande campo magnético se forma em torno do núcleo, carregando a bobina. No entanto, quando o fluxo de energia é interrompido, o campo magnético sofre uma queda repentina. E como essa energia tem que ir para algum lugar, ela induz uma onda de corrente na bobina secundária, multiplicando a tensão até que haja o suficiente para criar uma centelha de ignição.

 A voltagem necessária pode variar de 5.000 volts até 25.000 volts e depende de vários fatores. Como, por exemplo, a largura da abertura do eletrodo da vela de ignição, a resistência elétrica na vela de ignição, a mistura ar-combustível, a temperatura da vela de ignição, a carga do motor, etc. Alguns sistemas podem precisar de até 40.000 volts. Esta saída é determinada pela relação de enrolamentos secundários para primários – geralmente em torno de 80 para um – mas quanto maior a relação, maior a tensão potencial.

Onde a bobina de ignição está posicionada?

Em veículos mais antigos, a bobina de ignição é posicionada entre a bateria e um distribuidor. Nos sistemas mais atuais de ignição controlados eletronicamente, no entanto, o distribuidor não é mais necessário - a unidade de controle do motor aciona a vela de ignição. Desta forma, a bobina é montada diretamente no terminal destes sistemas ou no caso de sistemas sem distribuidor, ligados às velas de ignição.

Por isso, o número de bobinas também varia. Considerando que, sistemas mais antigos normalmente usam uma bobina, hoje em dia eles apresentam múltiplas bobinas; uma por cilindro ou um para cada par de cilindros. Isso oferece aos fabricantes de veículos um controle mais preciso do tempo de ignição, para melhor desempenho do motor, economia de combustível e emissões.

O que pode causar problemas na bobina de ignição?

Embora as bobinas de ignição sejam projetadas para durar, as crescentes demandas colocadas sobre elas podem resultar em desgastes e, consequentemente, falhas. As principais causas são:

  • Velas de ignição ou fios do terminal danificados: uma vela de ignição ruim ou fio de vela com resistência excessiva faz com que a tensão de saída da bobina suba - se exceder 35.000 volts, pode danificar o isolamento interno da bobina, causando um curto-circuito. Isso pode resultar em redução no desempenho, causando falhas de ignição na hora da partida e marchas lentas.
  • Espaço gasto ou maior que o comum nas velas de ignição: como as velas de ignição se desgastam, a folga entre seus dois eletrodos também sofrem com este desgaste, o que significa que a bobina precisa gerar uma tensão maior para fazer a ponte. A tensão adicional na bobina pode resultar em sobrecarga de tensão e, por sua vez, superaquecimento.
  • Danos causados por vibrações: o desgaste constante causado pela vibração do motor pode danificar a bobina de ignição e seu isolamento, resultando em curtos-circuitos ou rupturas nas bobinas secundárias. Da mesma forma, ele pode soltar a conexão elétrica na vela, forçando a bobina a trabalhar por mais tempo para acionar a vela de ignição.
  • Superaquecimento: devido à sua localização, as bobinas de ignição são frequentemente expostas a temperaturas excessivas do motor. Isso pode reduzir a capacidade das bobinas de conduzir eletricidade, afetando tanto o desempenho quanto a longevidade.
  • Resistência variável: a baixa resistência no enrolamento aumentará a corrente através da bobina, causando danos a todo o sistema de ignição. 
  • Umidade excessiva: a fonte mais provável é uma fuga de óleo de uma junta da tampa da válvula, provocando a acumulação de óleo e danificando a bobina de ignição e a vela de ignição. A água, por exemplo, da condensação de ar condicionado, também pode penetrar no sistema. Em ambos os casos, é importante abordar a causa raiz para evitar falhas repetidas.

Quais são os principais problemas na bobina de ignição?

Como a bobina de ignição faz parte do sistema responsável por gerar a faísca do motor que liga os veículos, quaisquer problemas se manifestarão rapidamente no desempenho do motor, como:

  • Luz de verificação do motor acesa: como a bobina de ignição defeituosa afeta diretamente o desempenho do motor, quaisquer problemas acionarão a luz do motor solicitando a verificação.
  • Baixa economia de combustível: com menos energia de centelha, o processo de combustão não será tão eficiente, resultando em uma diminuição perceptível na economia de combustível.
  • Estouros no escapamento: geralmente um sintoma inicial de falha na bobina de ignição. Isso ocorre quando qualquer combustível não utilizado na câmara de combustão é emitido pelo sistema de exaustão. Se não for verificado, esta falha pode resultar em danos significativos ao sistema de exaustão.
  • Parada repentina do veículo: uma bobina de ignição defeituosa fornece uma corrente elétrica irregular para as velas, resultando em uma parada repentina ou dificuldade ao dar a partida. 
  • Falta de ignição do motor: uma vez que um ou mais cilindros do motor não estão fornecendo energia suficiente ao veículo, o motor apresentará falhas, principalmente durante a aceleração.

Como resolver problemas da bobina de ignição?

Se você suspeita que a bobina de ignição está com defeito, siga as etapas abaixo e agilize o seu diagnóstico:

  • Leia todos os códigos de falha e dados ativos usando uma ferramenta de diagnóstico. Compare os valores da bobina que pode estar com defeito com a de uma bobina funcionando corretamente.
  • Verifique se há sinais de danos nas bobinas, como rachaduras, ressecamentos ou danos na fiação elétrica ou nas conexões do plug.
  • Remova e inspecione a vela de ignição. Verifique a folga da vela e o fio do plug, se possível, para garantir que a resistência do fio esteja dentro da especificação.
  • Com a ignição ligada, meça a tensão de alimentação da bobina de ignição com um multímetro. A voltagem deve estar em torno de 10,5V ou mais.
  • Novamente, usando um multímetro, verifique os circuitos primário e secundário da bobina. A maioria das bobinas deve ter uma resistência primária variando de 0,4 a 2 ohms e uma secundária entre 6 mil e 10 mil, mas consulte as especificações do fabricante do veículo. Se ambos estiverem fora de especificação, substitua. Uma leitura zero indica uma bobina em curto.

Como trocar a bobina de ignição?

Após a confirmação dos sintomas de falha, substitua a bobina seguindo os passos abaixo:

  1. Com o veículo desligado, localize a bobina que deverá ser trocada. Desconecte os terminais e, em seguida, desaparafuse o(s) parafuso(s). Agora, tire a bobina cuidadosamente do sistema.
  2. Antes de instalar a nova bobina, é recomendável aplicar graxa dielétrica na tomada elétrica, isso protegerá contra a corrosão e garantirá uma boa conexão. Também é recomendado que você substitua todas as velas de ignição durante a mesma manutenção.
  3. Encaixe a nova bobina no sistema. Aperte os parafusos com o torque recomendado e, em seguida, reconecte os terminais do cabo de ignição.
  4. Reconecte a ferramenta de diagnóstico para apagar quaisquer códigos de falha e apagar a luz de advertência de gerenciamento do motor.
  5. Realize um teste drive para garantir que tudo esteja em boas condições de funcionamento.
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